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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Morre 242ª vítima de incêndio na boate Kiss



Mariane Wallau tinha 25 anos. 
Com a morte da jovem, número de vítimas chega a 242.


Morreu na madrugada deste domingo, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a 242ª vítima do incêndio na boate Kiss, que ocorreu em Santa Maria no dia 27 de janeiro. Mariane Wallau Vielmo, 25 anos, estava internada desde a época da tragédia. O hospital notificou à Secretaria da Saúde de Porto Alegre que a jovem morreu por volta das 5h15min desta manhã.
Mariane apresentou complicações devido aos enxertos de pele que precisou realizar e não resistiu às infecções provocadas pelas intervenções cirúrgicas. Ela teve grande parte do corpo queimado no incêndio da boate. Durante o período de internação, Mariane alternou períodos na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital e no quarto.
Segundo o cirurgião plástico Ciro Portinho, do HCPA, Mariane não conseguiu resistir às sequelas causadas pela queimadura. O quadro de baixa imunidade, segundo ele, contribuiu para a ocorrência de infecções.
Outros três jovens seguem internados em decorrência do incêndio. Dois deles estão no Hospital de Clínicas: Cristina Peiter, 23, e Renata Pase Ravanello, 25. Ritchieli Pedroso Lucas, 19, está no Hospital Mãe de Deus, também na capital. Nenhum deles corre risco de morrer.
A jovem era natural de Santigo e estudava Sistemas de Informação no Centro Universitário Franciscano (Unifra), em Santa Maria.
O incêndio na boate Kiss completa quatro meses no dia 27 de maio. Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador contra o teto de espuma inflamável. De acordo com a investigação da polícia, a casa estava superlotada, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram e a saída de emergência foi insuficiente.
O incêndio na boate começou quando faíscas de um artefato pirotécnico acionado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que tocava no local, entraram em contato com o revestimento acústico que estava no teto da casa noturna
A fumaça gerada pela queima do material liberou gases tóxicos que provocaram mortes por asfixia, de acordo com a polícia.
O inquérito policial, concluído em 22 de março, citou uma série de fatores que resultaram no grande número de mortos, entre eles espuma inadequada, apenas uma porta de entrada e saída, extintores em locais errados (sendo que o primeiro tentado não funcionou), grades que prejudicaram a saída, ventilação ruim, sinalização inadequada e superlotação.
Em abril, um juiz de Santa Maria acolheu denúncia do Ministério Público contra oito envolvidos no incêndio, incluindo os proprietários da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, foram acusados de homicídio doloso qualificado.
Fachada da boate Kiss

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